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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Limites do Sistema Eleitoral - Dilma e Padilha sofrendo com os limites do financiamento capitalista

Dilma e Padilha sofrem hoje por constituírem bases de um partido de trabalhadores, que nos últimos anos se constituiu como parte de um sistema político baseado na política de alianças, no financiamento privado de campanha. Hoje o sistema capitalista faz minguar os centavos para campanhas eleitorais do PT, em primeiro lugar, pois este partido nunca foi base para a elite burguesa, apesar dos conchavos de grupos dominantes, e em segundo lugar pois tanto Dilma quanto Padilha atacaram vorazmente esta classe burguesa, com programas populares e de esquerda. É preciso aprender com os erros passado, virar à esquerda é preciso!

Exemplo do que o PT deve evitar daqui para frente, candidatos que se vendem ao poder do capital e ao aliancismo sem escrúpulos.


O sistema capitalista cobra neste instante, com todos os seus juros, o preço de seu apoio ao PT, que nos últimos anos variou constantemente na defesa das classes populares, bem como da defesa dos ideais burgueses. Dilma e Padilha, apesar das suas vacilações, pretenderam enfrentar as bases do sistema capitalista em todas as esferas, mas como já dito por vários pensadores de esquerda, não é possível conciliar a defesa dos trabalhadores e do poder do capital.

O limite da defesa dos dois chegou ao fim, sendo que o primeiro laço a romper foi ao lado burguês, que mesmo tendo seu sistema financeiro, do agronegócio, e do empresariado fortalecidos, não admitem a emancipação das classes populares. O capital burguês, insatisfeito, decidiu não mais financiar as campanhas do PT, fechando o ciclo iniciado por José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno, que levaram nosso partido à ruína moral com a política de alianças e financiamento privado.

É necessário refletir sobre este momento, onde o PT se afastou das bases, abraçou o capital privado, e portanto, se distanciou dos ideais populares, que constituí parte da nossa crise ideológica, para aprofundar um processo de mudanças, para realinhar o PT com sua história e com os movimentos de base. Em muitos casos afastou-se tanto, que alguns candidatos preferem abraçar campanhas de candidatos de partidos que historicamente combateram o PT e nossas lutas.

Necessitamos aproveitar este momento também, para que o PT possa rever a sua política eleitoral, que há muito tempo não propõem mudanças sobre os cenários atuais, pelo menos não constituam novos paradigmas, que sensibilizem o povo a pensar o "novo".

Precisamos do PT das ruas, militante, de esquerda, socialista e apaixonado para vencer estas eleições em São Paulo e no Brasil, pois o financiamento capitalista chegou ao fim. Sem isto, não haverá saída ao PT, em que setores procuraram banalizar as campanhas com profissionais, marqueteiros, e militantes profissionais, de todo os azares de espertalhões, gabineteiros, e calhordas.

Esta não será a última chance para que haja a mudança na linha política e ideológica, para guinar à esquerda, mas com certeza será a melhor oportunidade para que a faça sem maiores prejuízos.

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