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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Uma guinada à esquerda ao governo Dilma, é necessário!

Ainda que alguns companheiros considerem a ida a Brasília, no sentido de prestigiar o 4° mandato presidencial do PT, e a reeleição da presidenta Dilma, após longa batalha eleitoral, contudo, não podemos deixar de ser críticos, as medidas tomadas por Dilma Rousseff, nestas últimas semanas, barrando o projeto do Senador Eduardo Suplicy, sobre a criação técnica de critérios sobre a linha de pobreza, como também das medidas para combate da pobreza, do aumento da carência para obtenção do seguro desemprego, bem como da indicação de ministros de partidos de direita como Kassab, Kátia Abreu, Joaquim Levy, George Hilton. Companheiros, após a festa é preciso agir contra o atual conjunto de líderes e tomar a direção do partido, para expurgar toda a classe de entreguistas, pelegos e traidores, realinhando o PT à esquerda!

Menos Kátia, Mais PT!

Caros, companheiros e companheiras, após a festa é preciso repensar que PT queremos. Não quero melar a festa de ninguém, pois assim como outros companheiros, enfrentei os mesmos questionamentos que todos os demais, sobre as diferenças entre Dilma e Aécio, entre PT e PSDB. Lutamos, e debatemos entorno deste e de outros temas, alguns deles demasiadamente sujos, portanto, aqueles que estão hoje em Brasília, merecem este momento.

Contudo, não podemos vacilar, pois em vários lugares, governos do PT tem vacilado ao apoiar a população que o elegeu, em troca de favores políticos exercidos entre nossos governos e a burguesia local, ou nacional carregados de interesses espúrios e que foram derrotados na última eleição. Dilma Rousseff, tem vacilado de forma incrível, sendo inclusive repreendida por Lula, que mais uma vez, acertara ao recolocar em pauta o diálogo com os movimentos sociais.

Sabemos que o último mandato foi abalado pelo terrorismo econômico da burguesia e dos setores industriais, que deixaram de investir no país, especularam em demasia, e apoiaram a oposição para fazer do país um pandemônio. Não à toa, o Brasil cresceu menos que o previsto nos últimos anos, menos que o projetado, por isto mesmo, o país precisa de uma reforma tributária e social que tribute os especuladores, grandes fortunas e industriais, para que haja maior distribuição de renda e menor terrorismo econômico.

Infelizmente, Dilma tem ido no caminho contrário, justamente ela que se caracterizou pela força de suas ideias, pelo forte discurso ideológico, mas também pela sua coerência e sensatez em manter os rumos apesar de todas as pressões exercidas pelo mercado e pela burguesia. Atualmente, parece ter esmorecido, e cedeu em favor da classe burguesa, assim como os setores degenerados da CNB-Novos Rumos-PTLM e setores majoritários da Mensagem ao Partido e de outras tendências que aderiram ao governo de colaboração de classes.

A luta de classes, o espectro político (esquerda-centro-direita) não acabará, por isto mesmo devemos estar atentos aos movimentos e entender em que classe política  e espectro político estamos. Há alguns militantes, que parecem ter esquecido (ou querem esquecer) estes tipos de ideias, e aderem ao jogo político, sem crítica.

Em 2015, já temos uma pauta de luta a seguir, justamente motivada pela luta de classes, onde vemos o aceno a flexibilização trabalhista, a diminuição da importância social e o apoio as pautas dos setores ruralistas, burgueses e de mercado. As indicações de Kátia Abreu, Gilberto Kassab, George Hilton, Joaquim Levy e outros burgueses indica as intenções deste governo.

Se fosse observada somente pela ótica dos ministros, poderíamos supor que seriam em sua maioria os mesmos que poderiam ser indicados por Aécio Neves. Precisamos que Dilma acene verdadeiramente à esquerda, com gente do gabarito de Pochmann, Paul Singer, Eduardo Suplicy, Pomar, Wellington Monteiro, Simão Pedro, Ana Júlia Carepa, Edmilson Rodrigues, Ivan Valente, João Pedro Stédile no governo petista. Precisamos que Dilma debata com as centrais e dialogue com a militância, ou infelizmente veremos o PT derrocar em 2018, cedendo espaço direita e todas as suas mazelas.

Temos um PED (Processo de Eleição Direta) este ano, em que a militância poderá enfrentar estes líderes que traíram nossos ideais. Em todo o país, companheiros e companheiras, militantes sinceros, de esquerda e socialista devem se apresentar com suas chapas para enfrentar os atuais quadros degenerados, para realinhar o partido à esquerda. Precisamos vencer e disputar este governo à esquerda!

Queremos um governo legítimo de Dilma, com os partidos e centrais sindicais, e reverta o quanto antes as medidas de flexibilização trabalhista! 1° de Janeiro será o primeiro dia de disputa e luta dos trabalhadores até 2018!

Bruno L. Emídio -Secr. Mun. da Juventude do PT de São José dos Campos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Limites do Sistema Político e Eleitoral: Carlinhos perdeu a eleição da Câmara Municipal? Não, ele ganhou!

Como parecem minhas palavras ressoar com tanta força e valor depois de pouco mais de dois anos. Quando estive no pleno do Diretório Municipal de São José dos Campos, ainda no Coletivo Garantia de Luta, avisei dos problemas que seriam colocar este pulha em nossa chapa, alertando que o mesmo seria responsável por retirar uma vaga de nossos companheiros petistas. Shakespeare Carvalho, não somente nos tomou uma vaga, como também hoje triunfa sobre a candidatura de Motta (PROS), preferido por Carlinhos Almeida (PT), mas pensando bem, não seria Shakespeare mais próximo do PT, aliás de Carlinhos? Carlinhos de toda forma ganhou, quem perdeu foi a cidade!

Direto do saco do Noel, Carlinhos ganha o seu novo presidente de Câmara às vésperas do Natal!


No jornal O Vale, vimos a capa estampada "Shakespeare Carvalho: Novo Presidente da Câmara de SJC", com subtítulo de derrotada da administração de Carlinhos no pleito que apoiaram o Vereador Motta (PROS) ex-Democratas. Vejamos bem, Shakespeare Carvalho foi vereador eleito da chapa PT-PRB, foi líder de governo de Carlinhos na Câmara Municipal nos últimos dois anos, bem como cão-de-guarda das besteiras e trapalhadas cometidas por esta empreitada pessoal.

Lembremos que Shakespeare Caravalho foi aposta de Carlinhos Almeida em 2012, bancada por ele e por seus comparsas que enfiaram este pulha para que se eleger pela chapa do PT. Suas convicções, práticas, e bandeiras em nada correspondem com nossa história, com nossas lutas, mas atendiam ao que Carlinhos Almeida ansiava, portanto, mais uma vitória de Carlinhos, que conseguiu enfim eliminar qualquer oposição, uma vez que unificou até o PSDB em seu entorno.

O que infelizmente mais chama a atenção, é que Motta, era o favorito de Carlinhos, justamente outro vereador da base de direita, que sempre malhou o atual prefeito, quando era vereador pelo DEM. Ele trouxe para si até a base do DEM que votou com o PT em Motta. Será que o PT não tinha nenhuma liderança para liderar o processo? Ou será que se entregou de vez aos desejos de Carlinhos e de seu jogo espúrio de poder?

O certo é que se torna cada vez mais necessário renovar a direção do PT de São José dos Campos, excluindo estas práticas e estes quadros que desmerecem toda nossa luta e história. Carlinhos de Almeida mais uma vez usa o PT para promover seus interesses pessoais, e seus comparsas usando de seus cargos para se promover e ampliar o repertório de aberrações políticas, ideológicas e bajulações ao projeto fracassado de Carlinhos.

Carlinhos de forma alguma perdeu, ele ganhou, a cidade foi quem perdeu mais uma vez com o jogo de poder espúrio dele com a direita, com a bênção de TODOS os vereadores da Câmara. Realmente, uma grande lástima!

Bruno L. Emídio - Secretário Municipal da JPT de São José dos Campos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Limites do Sistema Político e Eleitoral: Conselhos Populares

Mal elegemos Dilma, derrotando em tese o campo de direita de Aécio Neves e seus comparsas, contudo a direita se reorganiza com mais força após as eleições deste ano, lançando sombras de misticismo e fundamentalismo sobre o congresso, impedindo o avanço das reformas que o Brasil tanto precisa. Muitos foram os erros estratégicos adotados nas campanhas do PT e da esquerda em geral, sendo que estes serão cobrados com grave intensidade nos anos seguintes. O primeiro passo que indica que a direita se reorganizou, se materializou com a derrubada do decreto presidencial sobre a Política Nacional de Participação Social (PNPS), onde esquerda e direita se dividiram radicalmente.


A vitória de Dilma, no último dia 26, demonstra o quão sério é o limite de nosso sistema político e eleitoral. A vitória demonstrou que o povo quer a continuidade do projeto lançado por Lula, Dilma e o PT, contudo, sem a devida identificação ideológica dos projetos com o partido que desenvolveu as práticas de aprimoramento democrático, o PT.

Parte disto é devido a própria política aliancista desenvolvida nos últimos anos, com o objetivo de construir governabilidades, ao invés de partir para o desenvolvimento da identificação ideológica e o sentido de construção governamental das camadas populares do projeto de país. O limite deste sistema foi a queda de cadeiras pertencentes ao PT nesta última eleição, onde passamos de 88 para 70 cadeiras no Congresso Nacional.

O aliancismo, jogou o PT nas garras do PMDB e de partidos da direita e centro. Não a toa, houveram casos esdrúxulos em nossa cidade de coligações que violaram princípios éticos, eleitorais e militantes, que já tramaram antes do resultado em conchavos. Muitos votos se deslocaram para base do PT para partidos "aliados", outros votos se converteram no anti-petismo, votos anti-governo, ou votos desiludidos. Toda esta gama de situações são decorrentes de uma estratégia (ou da falta de uma) que privilegiou a construção de uma base de apoio, ao invés de construir uma base partidária forte e coesa, ou que minimamente tenha uma coerência ideológica.

Partidos como PMDB, PRB, PR, PTB, PP entre outros, que dependendo do contexto local pode variar inclusive a direita mais reacionária como DEM, PSDB e PSC recebem apoio maior que candidatos da própria base petista ou de esquerda, bem como, partidos como o PSOL, PCB, PSTU e PCO, que apesar das muitas discordâncias, compartilham de nossa mesma base de esquerda, não são tratados como primeira linha de apoio e de construção política. Portanto, caros companheiros, não há possibilidade de continuar com esta política de alianças à direita, que por vezes influencia as políticas dos governos petistas, de todos os níveis, impondo certas condições que traem os trabalhadores e os movimentos sociais.

O segundo governo Dilma enfrentará grandes desafios, sendo o mais importante e decisivo a superação dos marcos ideológicos impostos pela direita. Se mostrar tal disposição os partidos de esquerda, inclusive o próprio PSOL já se dispõem compor uma aliança de esquerda no congresso nacional. A gota d'água para que houvesse uma agenda mínima foi a derrubada do decreto presidencial que regulamentava a PNPS (Política Nacional de Participação Social).

Em nível estadual não será diferente, pois a coalizão de partidos, movimentos e grupos de esquerda sentiram a fragilização imposta pela sistema político e as agendas conservadoras. Em São Paulo da CUT à CONLUTAS entendem que a tarefa de enfrentamento ao governo Geraldo Alckmin se tornou mais pesada e árdua. Não há mais espaços para confronto entre as lideranças e movimentos de esquerda diante de adversário tão vil.

Precisamos retomar os debates com as bases urgentemente, remover os quadros que tem traído as lutas da classe trabalhadora e reorientar a nossa política de alianças. Nossa ideologia deve ser reafirmada e colocada em primeiro plano na construção de nossas políticas, ao invés dos interesses pessoais e articulações políticas que pesam em primeiro plano atualmente.

O PNPS é a primeira forma de retomarmos estes debates e afirmar nosso caráter de esquerda e socialista, mesmo sabendo que esta é uma política comum nos países de economia capitalista ou socialista. Contudo, a forma de construí-los deve ter como base sempre a pluralidade, a democracia e o intento de se avançar na construção de uma sociedade mais justa e solidária, portanto, socialista.

Outras reformas e marcos deverão ser empurradas sobre o mesmo barco, como a Reforma Política e as Medidas de Controle Social da Mídia, portanto, nossas alianças se darão sempre à esquerda, e se aprofundará o debate contra o retrocesso clamado pelas mídias e a direita.

Como tenho dito, estamos à beira dos limites do sistema político atual, dele poderá nascer um novo mais plural democrático e renovado, ou um outro mais arcaico e conservador. Necessitamos rever, portanto, nossas atuações e reorientar nossas práticas se quisermos avançar!

Bruno L. Emídio

sábado, 11 de outubro de 2014

Há elogios que dispensamos, há vaias que nos enaltecem!

Mino Carta, dono e editor da Revista Carta Capital, certa vez disse que "há algumas críticas que demonstram que estamos do lado certo", no contexto que ACM, ainda senador pela Bahia, havia dito que a Revista Carta Capital era uma publicação "porca e nojenta". Assim são com algumas críticas que recebemos, hoje pude perceber exatamente isto em uma reunião no Salão Ápice, onde a militância se aglutinou e aplaudiu um discurso coerente com as bandeiras e história do PT, enquanto os gabineteiros, assessores-anões e puxa-sacos de PMDB, PPS, e PR ladravam sua fúria contra o secretário da JPT, que escreve este texto.



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Uma foto que revela as intenções reais, governar com a elite, sem dialogar com o povo. Destes e de seus aliados prefiro às vaias


Indiferente aos pelegos, que nem ao menos seguiram as propostas pedidas pelas próprias lideranças, fico feliz pelas vaias destes cidadãos, pois daqueles que desprezo suas posições políticas de direita, bem como sua ética (ou a falta dela), não posso esperar algo diferente. Se destes escutasse algum elogio, que fosse mínimo, deveria repensar minha atuação militante, bem como minha posições políticas.

Enquanto ladravam, estava atendendo à militância, marcando ações, que durante a próxima semana que estarei em recesso pelo Estado (Semana do Professor) poderei fazer mais militância. Os incoerentes, pelegos e puxa-sacos, ainda não estão preparados (ou não querem se preparar) para os desafios das próximas três semanas. Por isto lanço algumas ideias e sugestões, já avisando sobre sua gratuidade, nem precisam prestar qualquer referência a este quadro militante que escreve:

1° Realocar os comitês de campanha para a periferia e concentrar a atuação em prol da Dilma nos bairros periféricos.

2° Construir material setorizado (estudantes, professores, metalúrgicos, médicos, servidores, e etc.) para demonstrar o que foi feito e o que pode ser viabilizado.

3° Criar Grupos de Trabalho para rebater as notícias e material mentiroso, ou fictício lançado pela campanha de Aécio ou de aliados.

4° Atrelar nossa campanha as bases populares, e esquecer pelo menos agora, os partidos neo-aliados (PMDB, PR, PPS, PTB, PROS e etc.), que não compõem nosso campo, e que desprezam nossas bandeiras. Campanha se faz com militância petista e de esquerda, paremos com esta história de bajular a burguesada e perseguir quem faz a política na base!

5° Entender que a esquerda do PT não quer fazer mal ao partido, e que nem tudo que a direita do PT faz, está certo. Aliás, quase tudo montado nesta campanha necessita de reavaliação. Campanha profissionalizada, no encontro, visto pela própria Amélia, que massificou a campanha profissionalizada, leva a despolitização do processo e a derrocada política em São José dos Campos. Isto e muitas outras coisas, como a falta de diálogo, a elitização da campanha, o atrelamento do PT com partidos de aluguel como o PRB, PR e outros, traz uma carga ideológica nefasta ao nosso PT.

6° Não atrelar jamais Dilma à Carlinhos! O governo Carlinhos não reflete o que a militância do PT anseia em termos políticos, ou ideológicos. Seu projeto pessoal é falho, precário e vacilante. Devemos pensar já na separação das avaliações políticas do PT e da Prefeitura Municipal de Carlinhos Almeida.

7° Ter militância de verdade, rechaçar a "esquerda festiva", que após as 18 horas se encaminha para o Bar do Coronel! O resultado do primeiro turno não nos dá brecha para nenhuma comemoração, ou faremos Dilma Presidenta novamente, ou para aqueles que bebem, preparem o "Porre de 2015", pois para aguentar mais vacilação e Aécio Presidente para deleite dos tucanos e burgueses.

Sendo assim, bem práticos, como disse, façamos a campanha do segundo turno com toda a força, pois dos pelegos nada podemos esperar, senão suas vaias e discursos débeis. Da militância, somente a luta e a força de suas ideias!

Avante companheir@s!

Bruno L. Emídio - Secretário Municipal da Juventude do Partido dos Trabalhadores de São José dos Campos

domingo, 5 de outubro de 2014

Alguns versinhos singelos!

Carapuça:

De quê adiantou tantos vinténs?
Para quê usar de tantas artimanhas?
Se amanhã afago não tem,
E que apesar da trapaça, não ganha.

Terminará sem ninguém,
Apreciando a vil aliança,
Daquele que trai todos e mais além,
Que da militância perdeu confiança.

Valeu Ana Lídia!

Ana Lídia, muito obrigado pela força de sua candidatura militante, de esquerda e socialista. Apesar dos pouco mais de 5.600 votos, sua candidatura demonstrou demasiada bravura no enfrentamento ao poder econômico do capital, na interlocução com os jovens, mas principalmente do seu caráter pedagógico.





Esta eleição demonstrou os sérios equívocos de algumas candidaturas, das estratégias eleitorais ultrapassadas, que há muito já alertamos e denunciamos, contudo, cabe destacar as candidaturas militantes, de esquerda e socialista que lutaram em favor do povo, mas que devido às dificuldades estruturais (capital, comitê, e etc.) não se transformou em um mandato.

Ana Lídia representou isto e muito mais tanto para quem depositou a confiança em ti, quanto na militância que nestes últimos tempos sofreu com tantas desilusões, sofrimentos e maus-tratos da direção do partido e de sua política de alianças. Ana Lídia representou o que havia de mais sincero, militante e de esquerda no PT de São José dos Campos.

Em sua campanha defendeu com grande garra a campanha do Plebiscito pela Reforma Política, não vacilou em organizar e chamar a militância na defesa desta reforma, que a própria Presidenta Dilma já elencou como a mais necessária para transformar o país. Outras lideranças, inclusive do próprio PT de nossa cidade, passaram ao largo da luta pela Reforma Política.

Sua campanha procurou defender outras bandeiras, entre elas a Defesa da Mulher, a Defesa da Juventude, em especial da Juventude Negra, dos Direitos Humanos, mas foi sobretudo uma campanha ideológica, que congregou em seu entorno as forças de esquerda e socialista de nossa região e de outras.

Sua campanha enfrentou o poder do capital de outras candidaturas de dentro e de fora do PT. Enquanto outras prezaram estar junto dos empresários, dos banqueiros, e de toda a laia burguesa, fazendo vacilar a defesa das campanhas de Padilha, Suplicy e de Dilma, nossa companheira Ana Lídia estava ao lado da população em todas as lutas e em todas as reivindicações, defendendo nossos candidatos, nossas cores e a nossa estrela.

Este secretário, apesar de poder falar somente por ele mesmo, tem o orgulho de felicitá-la pela campanha exemplar que travara nestes últimos meses, que representou a juventude paulista e petista como um todo, bem como a todos aqueles que sonham com um mundo mais justo, igualitário e solidário.

Estamos contigo Ana Lídia!

Bruno L. Emídio - Secretário Municipal da Juventude do Partido dos Trabalhadores de São José dos Campos

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Por qual motivo ainda há especulação imobiliária em São José dos Campos?




Após dois anos da eleição de Carlinhos de Almeida, a política de especulação imobiliária não cessou em São José dos Campos, pior foi aprofundada com o atendimento às exigências das empreiteiras, que reivindicam entre outras questões o aumento no número de torres, o aumento do número de andares, bem como o desenvolvimento de novos empreendimentos em áreas com forte adensamento urbano. Carlinhos não tem enfrentado o problema da especulação imobiliária devidamente, apesar da doação de terrenos para empreendimentos populares, como para os ex-moradores do Pinheirinho.

 

A cidade de São José dos Campos a mais de uma década tem sofrido com a especulação imobiliária, antes fruto da concentração de empregos com alto grau de remuneração, atualmente parte da alta concentração de serviços disponíveis. A alguns anos, nossa cidade vive a supervalorização dos espaços urbanos, que aos poucos expulsa o trabalhador das áreas mais valorizadas, e os encaminha cada vez mais para os bairros periféricos, ou os expulsa da cidade por não conseguir mais sustentar os altos custos de se viver em uma cidade de altos valores e sem trabalho digno.

Agravando ainda mais o quadro, a nossa cidade a pouco tempo tornou-se o centro econômico da mais nova região metropolitana do país, que elevou consideravelmente os custos, bem como aumentou a especulação sobre o espaço urbano, mesmo carente de estruturas de uma metrópole da dimensão do Vale do Paraíba.

São José dos Campos também virou palco dos interesses das grandes empreiteiras e imobiliárias que lucram com espaços cada vez mais caros, exíguos e insalubres. O trabalhador, quando muito pode se esforçar para comprar sua casa

Nossos vereadores (inclusive alguns do PT) tem recebidos vultuosos recursos econômicos nesta eleições para defender os interesses das grandes construtoras, contra a necessidade dos grandes trabalhadores. Amélia Naomi recebeu somente nesta eleição mais de 134 mil reais em recursos e pelo menos 79 mil reais são oriundos diretamente de empresas das áreas de engenharia, construtoras e incorporadoras, como então se esperar lutar contra estes interesses.

Suas verbas superam inclusive candidatos como Eduardo Cury (PSDB), que sempre teve apoio notório de empresas do ramo de engenharia e construção. Portanto, é notório que o governo de Carlinhos Almeida tem vacilado na defesa de uma cidade mais justa e igualitária, pois constroem um cenário oportuno para a especulação imobiliária, mas que não tem empregos mais qualificados e com maior remuneração à classe trabalhadora.

Carlinhos e Amélia tinham oportunidade histórica de rever o Plano Diretor do município, revendo a organização dos espaços residenciais, industriais, e comerciais, bem como as formas de edificação, mitigando a política de parcelamento solo, especialmente nas Zonas Sul, Norte e Oeste, que não tem condições hídricas e estruturais que abarquem o aumento da densidade demográfica.

Antes que estoure uma "Bolha Imobiliária" é preciso ter coragem de enfrentar o problema da especulação imobiliária, contudo, com os atuais passos tomados por estes, aliados à frente de vereadores burgueses, secretários aliados ainda dos antigos tucanos, parece quase utópico um cenário de contraposição à especulação imobiliária.

Bruno L. Emídio - Secretário Municipal da Juventude do PT de São José dos Campos.