Ainda que alguns
companheiros considerem a ida a Brasília, no sentido de prestigiar o 4°
mandato presidencial do PT, e a reeleição da presidenta Dilma, após
longa batalha eleitoral, contudo, não podemos deixar de ser críticos, as
medidas tomadas por Dilma Rousseff, nestas últimas semanas, barrando o
projeto do Senador Eduardo Suplicy, sobre a criação técnica de critérios
sobre a linha de pobreza, como também das medidas para combate da
pobreza, do aumento da carência para obtenção do seguro desemprego, bem
como da indicação de ministros de partidos de direita como Kassab, Kátia
Abreu, Joaquim Levy, George Hilton. Companheiros, após a festa é
preciso agir contra o atual conjunto de líderes e tomar a direção do
partido, para expurgar toda a classe de entreguistas, pelegos e
traidores, realinhando o PT à esquerda!
Menos Kátia, Mais PT!
Caros,
companheiros e companheiras, após a festa é preciso repensar que PT
queremos. Não quero melar a festa de ninguém, pois assim como outros
companheiros, enfrentei os mesmos questionamentos que todos os demais,
sobre as diferenças entre Dilma e Aécio, entre PT e PSDB. Lutamos, e
debatemos entorno deste e de outros temas, alguns deles demasiadamente
sujos, portanto, aqueles que estão hoje em Brasília, merecem este
momento.
Contudo,
não podemos vacilar, pois em vários lugares, governos do PT tem
vacilado ao apoiar a população que o elegeu, em troca de favores
políticos exercidos entre nossos governos e a burguesia local, ou
nacional carregados de interesses espúrios e que foram derrotados na
última eleição. Dilma Rousseff, tem vacilado de forma incrível, sendo
inclusive repreendida por Lula, que mais uma vez, acertara ao recolocar
em pauta o diálogo com os movimentos sociais.
Sabemos
que o último mandato foi abalado pelo terrorismo econômico da burguesia
e dos setores industriais, que deixaram de investir no país,
especularam em demasia, e apoiaram a oposição para fazer do país um
pandemônio. Não à toa, o Brasil cresceu menos que o previsto nos últimos
anos, menos que o projetado, por isto mesmo, o país precisa de uma
reforma tributária e social que tribute os especuladores, grandes
fortunas e industriais, para que haja maior distribuição de renda e
menor terrorismo econômico.
Infelizmente,
Dilma tem ido no caminho contrário, justamente ela que se caracterizou
pela força de suas ideias, pelo forte discurso ideológico, mas também
pela sua coerência e sensatez em manter os rumos apesar de todas as
pressões exercidas pelo mercado e pela burguesia. Atualmente, parece ter
esmorecido, e cedeu em favor da classe burguesa, assim como os setores
degenerados da CNB-Novos Rumos-PTLM e setores majoritários da Mensagem
ao Partido e de outras tendências que aderiram ao governo de colaboração
de classes.
A
luta de classes, o espectro político (esquerda-centro-direita) não
acabará, por isto mesmo devemos estar atentos aos movimentos e entender
em que classe política e espectro político estamos. Há alguns
militantes, que parecem ter esquecido (ou querem esquecer) estes tipos
de ideias, e aderem ao jogo político, sem crítica.
Em
2015, já temos uma pauta de luta a seguir, justamente motivada pela
luta de classes, onde vemos o aceno a flexibilização trabalhista, a
diminuição da importância social e o apoio as pautas dos setores
ruralistas, burgueses e de mercado. As indicações de Kátia Abreu,
Gilberto Kassab, George Hilton, Joaquim Levy e outros burgueses indica
as intenções deste governo.
Se
fosse observada somente pela ótica dos ministros, poderíamos supor que
seriam em sua maioria os mesmos que poderiam ser indicados por Aécio
Neves. Precisamos que Dilma acene verdadeiramente à esquerda, com gente
do gabarito de Pochmann, Paul Singer, Eduardo Suplicy, Pomar, Wellington
Monteiro, Simão Pedro, Ana Júlia Carepa, Edmilson Rodrigues, Ivan
Valente, João Pedro Stédile no governo petista. Precisamos que Dilma
debata com as centrais e dialogue com a militância, ou infelizmente
veremos o PT derrocar em 2018, cedendo espaço direita e todas as suas
mazelas.
Temos
um PED (Processo de Eleição Direta) este ano, em que a militância
poderá enfrentar estes líderes que traíram nossos ideais. Em todo o
país, companheiros e companheiras, militantes sinceros, de esquerda e
socialista devem se apresentar com suas chapas para enfrentar os atuais
quadros degenerados, para realinhar o partido à esquerda. Precisamos
vencer e disputar este governo à esquerda!
Queremos
um governo legítimo de Dilma, com os partidos e centrais sindicais, e
reverta o quanto antes as medidas de flexibilização trabalhista! 1° de
Janeiro será o primeiro dia de disputa e luta dos trabalhadores até
2018!
Bruno L. Emídio -Secr. Mun. da Juventude do PT de São José dos Campos.
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