Que o caso da violência extrema do Pinheirinho se tornou conhecida internacionalmente, já havíamos descrito, contudo hoje houve a primeira condenação formal da relatora da ONU, Raquel Rolnik. Mais uma vez, quem está fora de nosso país, consegue assimilar melhor os fatos que aqui ocorrem, por força de uma mídia elitista, e partidarizada, que esconde do povo quem os oprime e o faz odiar seus companheiros oprimidos.
A Relatora da ONU, Raquel Rolnik, condenou a ação da PM Paulista, e do poder público municipal no caso do bairro do Pinheirinho. Em sua opinião, às autoridades, e a comunidade deveriam encontrar uma solução pacífica para questão, que deve proporcionar alternativas de habitação adequadas, ao invés de jogá-las e deixá-las em situação de ameça iminente aos Direitos Humanos.
Veja a matéria como é relatada no website da própria ONU Brasil:
A Relatora Especial da ONU sobre o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, pediu às autoridades brasileiras nesta sexta-feira (27/1) que encontrem uma solução pacífica e adequada, incluindo alternativas de habitação, para as pessoas que foram expulsas esta semana do assentamento de Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos, São Paulo.
Cerca de 6.000 residentes foram afetados pela ordem de despejo emitida pela Justiça no fim de dezembro.
“Estou chocada com os relatos do uso excessivo da força usada durante os despejos em 22 de janeiro”, disse a Relatora Especial. Rolnik citou informações recebidas de que a polícia militar de São Paulo usou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os moradores, incluindo crianças e idosos. Vinte moradores ficaram feridos, um gravemente, e 30 foram presos.
“Disseram-me que Pinheirinho ainda está sob cerco e que não é permitido que ninguém entre na área”, afirmou. “A situação atual das pessoas despejadas é extremamente preocupante. Sem alternativas de habitação, elas estão vulneráveis a outras violações de direitos humanos.”
A Relatora Especial apelou às autoridades do Estado de São Paulo para que suspendam a ordem de despejo e a ação da polícia no Pinheirinho.
“A suspensão da ordem de despejo permitiria que as autoridades retomem as negociações com os moradores, a fim de encontrar uma solução pacífica e definitiva para o caso, em total conformidade com as normas internacionais de direitos humanos”, destacou Rolnik.
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